quinta-feira, 25 de abril de 2024

A Amazona de Tucson

Título no Brasil: A Amazona de Tucson
Título Original: Arizona
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Wesley Ruggles
Roteiro: Claude Binyon, Clarence Budington
Elenco: Jean Arthur, William Holden, Warren William. Porter Hall, Edgar Buchanan, Paul Harvey  

Sinopse:
Durante a década de 1860 em Tucson, uma mulher pioneira luta para ter sucesso no negócio de carga e gado enquanto corre risco nas mãos de homens de negócios locais corruptos e violentos e índios furiosos.

Comentários:
Filme bem interessante, colocando uma protagonista mulher em um faroeste, provavelmente o gênero cinematográfico mais masculino de todos os tempos. E a atriz Jean Arthur brilha no filme, muito carismática e talentosa. Na época em que o filme foi lançado se comentou muito que o astro Gary Cooper havia sido convidado para atuar no filme, mas pulou fora do barco ao perceber que o roteiro iria dar muito mais espaço para a personagem de Jean Arthur. Ele não queria ficar na sombra dela. Sobrou para William Holden atuar no filme, nesse que foi seu primeiro filme de faroeste. Na época ele era contratado pela Columbia e não podia dizer não. Acabou que se saiu muito bem em cena desse bom faroeste feminista dos anos 1940.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

O Último Duelo

Título no Brasil: O Último Duelo
Título Original: The Cimarron Kid
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Budd Boetticher
Roteiro: Louis Stevens
Elenco: Audie Murphy, Beverly Tyler, James Best
  
Sinopse:
Bill Doolin (Audie Murphy) é um jovem acusado injustamente de roubo por funcionários corruptos da estrada de ferro. Revoltado pelas falsas acusações e perseguido por homens da lei, ele não vê outra alternativa a não ser se juntar à quadrilha dos Daltons, velhos amigos de longa data. Como pistoleiro acaba adotando o nome de The Cimarron Kid. Em pouco tempo sua destreza no gatilho o torna um nome conhecido. O problema é que outro membro de sua própria gangue resolve lhe trair, o que o deixa em uma situação delicada. Fugitivo, ele sonha em se esconder em algum país da América do Sul ou no México para tentar recomeçar sua vida ao lado da mulher que ama.

Comentários:
Budd Boetticher foi um dos mestres do western americano nos anos 1950. Dono de um estilo muito eficiente de rodar filmes baratos, mas bem cuidados, Boetticher conseguiu o reconhecimento dos fãs do gênero. Ao longo de várias décadas trabalhou ao lado de grandes nomes do faroeste como Randolph Scott. Aqui ele dirigiu outro astro dos filmes de bang bang, o veterano da Segunda Guerra Mundial Audie Murphy. As portas de Hollywood foram abertas porque ele foi um herói de guerra, o militar mais condecorado desse conflito sangrento que varreu o mundo na década de 1940. De volta à vida civil viu no cinema uma oportunidade de fazer carreira e contou com a sorte de ser dirigido por grandes cineastas como o próprio Budd Boetticher. Ao longo dos anos a Universal o escalou para uma série de filmes de western, sendo algumas produções B, que tinham como objetivo testar sua força nas bilheterias. Depois de interpretar Jesse James em "Cavaleiros da Bandeira Negra" e ter um belo sucesso com "A Glória de um Covarde" o estúdio finalmente se convenceu que tinha um astro em mãos. Assim "O Último Duelo" só confirmaria ainda mais a estrela de Murphy. Um bom western que realmente não fica nada a dever aos bons faroestes de sua época.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Sangue Por Sangue

Um interessante western que reúne dois grandes nomes do faroeste americano da década de 1950: o ator Glenn Ford e o diretor Budd Boetticher, esse último mais conhecido por sua bem sucedida parceria ao lado do ator e produtor Randolph Scott. Nesse “Sangue Por Sangue” (também conhecido como “O Homem do Álamo” pois foi exibido com esse título na TV algumas vezes) acompanhamos a estória de John Stroud (Glenn Ford) que pouco antes da queda do forte Álamo resolve voltar para sua casa com o objetivo de ver se estava tudo bem com sua família. Durante sua ausência porém o Álamo é finalmente invadido e destruído pelo inimigo o que acaba criando um estigma ruim para Stroud.

Sua saída do Álamo acaba sendo entendida como covardia pelos familiares dos militares mortos na batalha, pois na visão deles Stroud deveria ter permanecido no forte, lutando até o fim e morrendo bravamente como todos os demais homens daquela guarnição militar em guerra contra as tropas mexicanas. O diretor Budd Boetticher preferiu aqui não focar o filme na luta travada no Álamo (John Wayne faria isso depois) e sim nos eventos posteriores aos acontecimentos históricos, mostrando a luta de Stroud (Ford) para recuperar sua reputação abalada. Sua chance de se redimir acaba surgindo justamente quando ajuda uma caravana de refugiados do conflito a atravessar uma perigosa região do deserto texano infestada de bandoleiros e tribos indígenas hostis.

O roteiro é simples e Budd Boetticher tenta tirar o melhor proveito da modesta produção que lhe foi disponibilizada pela Universal. Para isso ele não hesita em usar novamente seu talento em realizar filmes rápidos mas muito eficientes. Como já escrevi aqui antes não havia qualquer desperdício nos filmes de Budd – ele contava tudo com extrema economia e compensava essa situação com filmes extremamente eficientes em seu resultado final. O ponto alto do filme, por exemplo, mostra bem essa característica do diretor. De posse de poucos recursos ele promove na tela uma excelente perseguição de bandidos contra oito diligências de refugiados da guerra no meio do deserto.

Emparelhadas quatro a quatro os antigos meios de transporte de madeira descem por um imenso vale numa velocidade incrível. Um pico de adrenalina no filme, em uma cena extremamente bem realizada. Outro destaque dessa produção é seu elenco, que além de Glenn Ford ainda conta com Julie Adams, veterana do cinema e TV que até hoje está na ativa com quase 90 anos! Em suma, “Sangue Por Sangue”, apesar de não ser dos melhores filmes dirigidos por Budd Boetticher, mantém todas as características do cinema viril do cineasta. Ação, roteiro enxuto e cenas impactantes. Vale a indicação.

Sangue Por Sangue / O Homem do Álamo (The Man From Alamo, EUA, 1953) Direção: Budd Boetticher / Roteiro: Steve Fisher, D.D. Beauchamp, Niven Busch, Oliver Crawford / Elenco: Glenn Ford, Julie Adams, Victor Jory, Guy Williams / Sinopse: Após sair do forte Álamo poucas horas antes dele cair definitivamente diante de tropas mexicanas inimigas, John Stroud (Glenn Ford) tenta recuperar sua reputação pessoal, pois passa a ser considerado um covarde pelos familiares dos militares mortos na famosa fortificação.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Um Winchester Para Ringo - Parte 2

Cap. II - O "Serviço"
No dia marcado Ringo chegou a cavalo. Havia mesmo muitas pessoas em Culver City. O gado de lá era considerado bom e de boa qualidade. Ringo olhou sobre os ombros. Foi até uma viela e lá recebeu parte do dinheiro. 2 mil dólares; Era um adiantamento. Depois haveria mais 2 mil dólares pelo crime consumado. Ringo conferiu o tambor de seu revólver. Seis balas, tudo certo. Ele então caminhou pela rua principal e avistou o vereador abraçando alguns futuros eleitores e cidadãos em geral. Ringo colocou um cigarro entre os dentes e seguiu em frente.

Matar ele ali seria muito perigoso. Por isso esperou a noite chegar. O vereador Westmoreland tinha também suas falhas. Ele não resistia a um bom jogo de cartas. Ringo sabia disso. Assim o encontrou no saloon numa mesa de cartas. Esperou pacientemente o político jogar tudo, perder tudo, até seu juízo. Quando o relógio bateu 3 horas da manhã ele finalmente se levantou. Ringo seguiu seus passos pela rua. O sujeito não havia bebido. Se estivesse bêbado seria mais fácil.

Então ele entrou numa rua lateral. Iluminação zero. Lugar ideal. Ringo tirou sua arma do coldre. Rodou o tambor. Então chamou o homem. "Ei, Westmoreland, tudo bem? Deixe-me apertar a mão do futuro prefeito da cidade". O político parou, se virou e abriu um sorriso em direção a Ringo. Esse nem pensou duas vezes e atirou. Dois tiros certeiros no peito. O velho político colocou suas mãos nos buracos feitos pelas balas. Sentiu a morte chegando. Caiu com o rosto no chão. Poeira na língua. Ringo se abaixou. Conferiu se estava morto. Hora de ir embora. O barulho dos tiros chamou a atenção de algumas pessoas. Ele se esquivou e sumiu pelas sombras da noite. Trabalho feito.

No outro dia, perto da estação recebeu o dinheiro pelo trabalho feito. Ringo iria usar a grana para comprar um rifle Winchester novo, último modelo. Ossos do ofício. Ainda com os moradores da cidade em choque ele montou seu cavalo. Saiu da cidade como chegou, sem chamar muita atenção. Mais um serviço concluído. Nada mais a reclamar. Apenas rumar para a próxima cidade, para o próximo contrato manchado de vermelho sangue. Era a vida de Ringo.

Cap. III - Francis
Francis McCarthy chegou domingo pela manhã em Culver City. Ele estava na cidade novamente, agora para enterrar seu pai, o vereador John Westmoreland, morto na madrugada por um desconhecido. Foi uma cerimônia breve. Ele provavelmente seria o futuro prefeito da cidade se não houvesse sido morto. Francis estava desolado. Após as palavras finais do pastor ele decidiu ir até o gabinete do xerife. Queria maiores informações sobre o caso.

Armstrong Rooker era um velho homem da lei. Xerife há quase 15 anos no lugar. Ele não tinha nada de muito importante para dizer a Francis. O assassinato aconteceu durante a madrugada, não havia nenhuma testemunha dos tiros, ninguém viu o assassino. Era complicado, mas seu inquérito policial estava em um beco sem saída. O que ele poderia dizer é que tudo levava a crer que se tratava de um crime planejado, provavelmente executado por um profissional. Isso era tudo.

Francis não gostou do que ouviu. Ele queria justiça por parte das autoridades, mas se fosse necessário ele faria justiça pelas próprias mãos, outro nome para a conhecida vingança. Ao sair da delegacia se deparou com Billy Joe, o jovem assistente do xerife. Se o velho homem da estrela já estava cansado daquela vida, Joe tinha a vontade dos que estavam começando, dos que queriam subir na carreira. Ele chamou Francis de lado e disse que tinha algumas informações que poderiam lhe interessar.

No dia da morte de seu pai o conhecido pistoleiro Ringo Sinclair havia aparecido por lá. Ele dizia a quem encontrava que estava em Culver City para negociar cabeças de gado. Não convenceu praticamente ninguém. Era um assassino profissional. Claro, não havia nenhuma prova de que ele havia matado o vereador, nisso o xerife tinha razão, porém só a sua presença ali já era sinal de algo estava sendo escondido. Ringo não voltou a ser visto pelas ruas após a morte do vereador. Não havia como ligar seu nome ao crime, mas na falta de pistas aquilo poderia ser um começo. Francis ficou muito interessado em tudo o que ouviu. Eram apenas indícios, mas parecia ser uma boa aposta. Mal ele sabia que aquilo era mesmo um tiro no alvo, certeiro.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Criminosos e Anjos

Título no Brasil: Criminosos e Anjos
Título Original: Outlaws and Angels
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Burnt Pictures
Direção: JT Mollner
Roteiro: JT Mollner
Elenco: Chad Michael Murray, Francesca Eastwood, Luke Wilson, Frances Fisher, Teri Polo, Madisen Beaty
  
Sinopse:
Uma quadrilha de ladrões de bancos foge após mais um assalto. Dois dos criminosos são baleados e mortos e imediatamente começa uma perseguição envolvendo homens da lei e caçadores de recompensas. Para fugir do cerco a quadrilha resolve tomar uma direção perigosa, indo pelo lado mais hostil do deserto. Com os cavalos mortos, sedentos de fome e sede, eles finalmente chegam em uma pequena fazenda, onde resolvem tomar de reféns toda a família que mora lá. Agora todos vão tentar sobreviver naquela armadilha mortal.

Comentários:
Muito bom esse western que tem em seu elenco a jovem atriz Francesca Eastwood. Pelo sobrenome famoso já deu para perceber seu parentesco. Ela é filha do mito Clint Eastwood e da atriz Frances Fisher. Ela interpreta a filha rebelde do fazendeiro que de repente se vê cercado pela quadrilha fugitiva. Eles fazem suas filhas e sua esposa de reféns, criando uma grande tensão. Curiosamente a personagem de Francesca Eastwood chamada Florence Tildon acaba se apaixonando pelo líder do bando de ladrões, Henry (Chad Michael Murray, com uma enorme cicatriz no rosto). Isso cria um clima de terror dentro da fazenda pois ela parece disposta a um sangrento acerto de contas com sua própria família. Enquanto todos ficam nesse clima de tensão e violência dentro da fazenda, um grupo liderado pelo caçador de recompensas Josiah (Luke Wilson) vai cercando o local. 

"Outlaws and Angels" é surpreendentemente bom! Tem um roteiro muito bem escrito, excelentes cenas e um elenco afiado. Talvez a única crítica maior que esse western moderno mereça é o excesso de violência. Desde a primeira cena, quando a quadrilha chega para assaltar o banco, até a última - em um desfecho até moralmente condenável - tudo é bem violento. Cabeças explodem e o sangue jorra à vontade. As pessoas mais sensíveis vão reclamar um pouco. Há também uma preocupação do diretor e roteirista JT Mollner em recriar algumas características do western spaghetti como a trilha sonora marcante e os closes nos rostos dos personagens em momentos de tensão e violência. De qualquer maneira no geral gostei muito. É um faroeste que não faz vergonha para a família Eastwood, muito pelo contrário. Não ficaria surpreso em saber que o próprio Clint teria ajudado no filme, seja em relação ao roteiro ou à direção. A filha de Clint mostra que tem futuro no gênero. Espero que ela venha a estrelar outros faroestes como esse, os fãs certamente irão agradecer!

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Um Winchester Para Ringo - Parte 1

Cap. I - Ringo
Ringo matava. Era isso o que ele fazia. Alguns trabalhavam com gado. Outros vendiam couro e peles. Havia os que tentavam tirar algum alimento daquelas terras desérticas. Famílias viviam em ranchos, uma vida dura que piorava a cada ano. Criavam gado ou cavalos, mas o clima da região não ajudava em nada. Era muito seco e muito quente. Ter uma criação era penoso e caro. Ringo matava. Era mais prático e mais fácil de ganhar dinheiro. Nada mais do que isso.

Ele havia sido cowboy no passado. Porém o dinheiro obviamente ficava todo com os grandes fazendeiros. O cowboy ficava com migalhas. Ringo então percebeu que matar lhe daria mais dinheiro. No começo ele tentou se fazer de caçador de recompensas. Matar assassinos profissionais, ladrões e bandidos poderia ser bem complicado. Por isso ele decidiu virar ele mesmo um pistoleiro profissional.

Em seu encalço sempre havia um xerife ou algum grupo de cavaleiros em ronda para prende-lo. Era um caminho sem volta. A partir do momento em que seu rosto e seu nome surgiam em cartazes do tipo "Procurado vivo ou morto" não havia como voltar atrás. A caçada havia começado. Só iria parar quando a tampa do caixão fosse fechado em seu rosto morto. Era a lei do velho oeste. Viver ou morrer. Sobreviver para contar história ou ter sua história contada por aqueles que o mataram.

O próximo trabalho de Ringo era político, ou quase isso. Ele deveria localizar um líder político de uma cidade chamada Culver City. O prefeito estava com medo de perder as eleições. Então era melhor matar seu concorrente. Ringo era o nome a se chamar nessas situações. Ele havia tirado a barba para não ser mais tão facilmente reconhecido. Era questão de se camuflar, se esconder.

Seu contratante também havia lhe dito que era melhor chegar no sábado em que haveria uma grande feira de gado, assim Ringo poderia se misturar no meio da multidão. Para todos os efeitos ele estaria lá para comprar gado, nada mais. Um forasteiro comercial e não um matador profissional. O vereador que seria seu alvo se chamava John Westmoreland. Homem honesto e íntegro. Nada a ver com Ringo e seu caráter de bandido. Era um duelo de opostos.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de abril de 2024

Audie Murphy e o Western - Parte 3

Audie Murphy foi de certa forma um astro improvável. Ele não era muito alto, nem muito bonito e muito menos carismático. Sua entrada no cinema se deu por causa de sua notoriedade durante a II Guerra Mundial, uma vez que ele foi o militar mais condecorado da guerra. Sua capacidade de atuar dramaticamente era limitada, porém com tantas medalhas e fama de herói, era mesmo previsível que Hollywood o procurasse mais cedo ou mais tarde.

Sua estreia no cinema se deu em 1948. Era quase um teste que a United Artists fazia com ele, para ver se Audie levava jeito com a câmera. O filme se chamava "Viver Sonhando" e não era um filme de guerra e nem um faroeste. Dirigido por William Castle, um diretor e produtor especialista em filmes B, esse era um romance açucarado, onde Murphy não tinha muito espaço. Seu personagem tinha uma participação mínima dentro da trama e como já foi escrito tudo não passou de um teste para saber como Audie Murphy aparecia na tela grande dos cinemas.

Apesar de não ter sido grande coisa ele acabou sendo aprovado. Castle disse aos executivos do estúdio que ele levava jeito para a atuação. A única observação que ele disse para os produtores é que não o escalassem mais para filmes românticos, já que Audie Murphy definitivamente não fazia o tipo galã ao estilo Rock Hudson. Ele se sairia melhor interpretando caras comuns em situações excepcionais, que colocavam em desafio seus valores e sua bravura. A Paramount entendeu o recado e contratou Audie Murphy para um novo filme que estava prestes a ser produzido.

O filme se chamava "Código de Honra". Dirigido por John Farrow e estrelado pelo astro
Alan Ladd (de "Os Brutos Também Amam") esse filme era bem mais adequado para Murphy. Era um drama de guerra, passado nos campos de batalha da Tunísia, onde foram travados alguns dos mais sangrentos combates entre forças inimigas. A história girava em torno do capitão Rockwell 'Rocky' Gilman (Ladd) e suas idas e vindas entre os Estados Unidos e a Tunísia, a grande paixão de sua vida e as tentativas de ter um recomeço na vida. Audie Murphy interpretava um jovem cadete de West Point chamado Thomas. Foi a primeira vez que ele usou o mesmo uniforme militar com que tinha lutado na guerra em um filme. Uma prévia do que viria em sua carreira nos anos seguintes.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Suprema Decisão

Título no Brasil: Suprema Decisão
Título Original: The Virginian
Ano de Produção: 1946
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Stuart Gilmore
Roteiro: Frances Goodrich, Albert Hackett
Elenco: Joel McCrea, Barbara Britton, Brian Donlevy, Sonny Tufts

Sinopse:
Molly Wood (Barbara Britton) é uma jovem professora de uma tradicional família de Vermont que vai até uma pequena cidade do oeste para ensinar crianças da região. Lá acaba se apaixonando pelo cowboy conhecido apenas como "o virginiano" (Joel McCrea), um homem honesto e trabalhador que luta contra o roubo de gado nas fazendas locais.

Comentários:
Um western romântico muito bem realizado na década de 1940. Na realidade o filme não pode ser considerado um faroeste tão tradicional já que o foco do roteiro se concentra muitas vezes mais no romance da professorinha com o cowboy do que propriamente nos temas mais clássicos do gênero. Obviamente há uma subtrama envolvendo roubo de gado na região - o que leva o protagonista interpretado por Joel McCrea a tomar uma decisão terrível em relação a um velho amigo que está envolvido no roubo - e como se sabe no velho oeste os ladrões de gado eram sumariamente executados, enforcados na árvore mais próxima. Barbara Britton que interpreta a mocinha era uma jovem linda, que em muitos aspectos me lembrou Marilyn Monroe no começo da carreira, quando ainda não havia pintado seu cabelo de loiro. Sua carreira no cinema nunca decolou, mas ela fez muito sucesso na TV americana nos anos 1960 participando de inúmeras séries. Em suma, para os fãs de Joel McCrea a película se mostrará bem interessante pois aqui ele está em um momento atípico em sua carreira, interpretando um cowboy romântico e dado a namoricos.

Pablo Aluísio.