Cowboy (James Stewart) encontra jovem índio agonizando no meio do deserto após ser atacado por tropas americanas. O socorre e acaba se tornando amigo da nação Apache liderada pelo chefe Cochise (Jeff Chandler). O problema é que o mesmo grupo está em guerra contra o exército americano pela posse do selvagem território do Arizona. Ciente da situação o personagem de James Stewart se coloca a disposição para servir de intermediário em um tratado de paz entre as nações indígenas e o governo dos Estados Unidos sob a presidência do general Grant. Muito curioso esse western que décadas antes de "Dança com Lobos" tratou a questão indígena de forma muito correta e realista. Há uma preocupação do roteiro em mostrar aspectos da cultura dos Apaches, suas danças, festejos. O filme chega ao ponto de mostrar um homem branco se apaixonando por uma jovem índia, algo bem ousado para os anos 50.
James Steward apresenta sua personagem habitual: homem virtuoso, honesto, de boa índole. O único problema mais visível de Flechas de Fogo é a escalação de Jeff Chandler como o chefe da nação Apache. Chandler tinha traços bem americanos e nem a maquiagem forte ameniza esse aspecto. Curiosamente tirando ele e a jovem índia que se apaixona por Stewart nenhum dos demais indígenas do filme apresentam traços de homem branco - são índios ou descendentes mesmo, puro sangue. O filme foi dirigido pelo veterano cineasta Delmer Daves que faria pelo menos mais dois clássicos de western nos anos seguintes: "A Lei do Bravo" (outro western respeitoso com a causa do nativo americano) e "A Última Carroça". Seu maior sucesso comercial viria como roteirista ainda na década de 50 com o famoso "Tarde Demais Para Esquecer". Enfim, "Flechas de Fogo" (cujo título original é flecha quebrada - símbolo de paz entre os Apaches) vale a pena por ser socialmente consciente e à frente de seu tempo
Flechas de Fogo (Broken Arrow, EUA, 1950) Direção de Delmer Daves / Roteiro de Elliott Arnold (novela), Albert Maltz / Com James Stewart, Jeff Chandler e Debra Paget / Sinopse: Cowboy (James Stewart) encontra jovem índio agonizando no meio do deserto após ser atacado por tropas americanas. O socorre e acaba se tornando amigo da nação Apache liderada pelo chefe Cochise (Jeff Chandler). O problema é que o mesmo grupo está em guerra contra o exército americano pela posse do selvagem território do Arizona.
Pablo Aluísio.
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quinta-feira, 9 de novembro de 2023
sexta-feira, 22 de setembro de 2023
7 Homens Enfurecidos
Título no Brasil: 7 Homens Enfurecidos
Título Original: Seven Angry Men
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Charles Marquis Warren
Roteiro: Daniel B. Ullman
Elenco: Raymond Massey, Debra Paget, Jeffrey Hunter, Larry Pennell, Leo Gordon, John Smith
Sinopse:
O filme narra parte da história do abolicionista John Brown que antes da eclosão da guerra civil americana lutou pela abolição da escravidão em seu estado natal, o Kansas. Acreditando estar seguindo a vontade de Deus ele despertou ódio e fúria dos senhores e mercadores de escravos que logo colocaram em marcha um complô para matar a ele e seus seis filhos, todos lutando pela liberdade dos negros americanos.
Comentários:
John Brown foi uma figura importante dentro da história dos Estados Unidos. Um homem que dedicou a vida à causa abolicionista. Foi covardemente morto por causa de suas convicções pessoais e esse fato até hoje é considerado pelos historiadores como um dos estopins da sangrenta guerra civil americana. O roteiro desse filme não é totalmente fiel aos fatos históricos, pois optou-se por usar uma linha narrativa mais ficcional. Os momentos mais marcantes da vida de John Brown estão todos lá - sua luta para que o Kansas continuasse aliado à União, sua bravura contra a escravidão, etc - mas no meio de tudo isso os roteiristas encaixaram mera ficção, principalmente no que se refere a pequenos aspectos e detalhes da vida de Brown e cada um de seus filhos. O resultado se não chega a ser excepcional, pelo menos não decepciona, principalmente pelo bom elenco. Afinal de contas rever Debra Paget e Jeffrey Hunter sempre é um prazer renovado. Assim temos um bom western da pequena Allied Artists Pictures, que procurou acima de tudo ensinar um pouco da história americana de um jeito mais divertido.
Pablo Aluísio.
Título Original: Seven Angry Men
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Charles Marquis Warren
Roteiro: Daniel B. Ullman
Elenco: Raymond Massey, Debra Paget, Jeffrey Hunter, Larry Pennell, Leo Gordon, John Smith
Sinopse:
O filme narra parte da história do abolicionista John Brown que antes da eclosão da guerra civil americana lutou pela abolição da escravidão em seu estado natal, o Kansas. Acreditando estar seguindo a vontade de Deus ele despertou ódio e fúria dos senhores e mercadores de escravos que logo colocaram em marcha um complô para matar a ele e seus seis filhos, todos lutando pela liberdade dos negros americanos.
Comentários:
John Brown foi uma figura importante dentro da história dos Estados Unidos. Um homem que dedicou a vida à causa abolicionista. Foi covardemente morto por causa de suas convicções pessoais e esse fato até hoje é considerado pelos historiadores como um dos estopins da sangrenta guerra civil americana. O roteiro desse filme não é totalmente fiel aos fatos históricos, pois optou-se por usar uma linha narrativa mais ficcional. Os momentos mais marcantes da vida de John Brown estão todos lá - sua luta para que o Kansas continuasse aliado à União, sua bravura contra a escravidão, etc - mas no meio de tudo isso os roteiristas encaixaram mera ficção, principalmente no que se refere a pequenos aspectos e detalhes da vida de Brown e cada um de seus filhos. O resultado se não chega a ser excepcional, pelo menos não decepciona, principalmente pelo bom elenco. Afinal de contas rever Debra Paget e Jeffrey Hunter sempre é um prazer renovado. Assim temos um bom western da pequena Allied Artists Pictures, que procurou acima de tudo ensinar um pouco da história americana de um jeito mais divertido.
Pablo Aluísio.
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