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quinta-feira, 25 de abril de 2024

A Amazona de Tucson

Título no Brasil: A Amazona de Tucson
Título Original: Arizona
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Wesley Ruggles
Roteiro: Claude Binyon, Clarence Budington
Elenco: Jean Arthur, William Holden, Warren William. Porter Hall, Edgar Buchanan, Paul Harvey  

Sinopse:
Durante a década de 1860 em Tucson, uma mulher pioneira luta para ter sucesso no negócio de carga e gado enquanto corre risco nas mãos de homens de negócios locais corruptos e violentos e índios furiosos.

Comentários:
Filme bem interessante, colocando uma protagonista mulher em um faroeste, provavelmente o gênero cinematográfico mais masculino de todos os tempos. E a atriz Jean Arthur brilha no filme, muito carismática e talentosa. Na época em que o filme foi lançado se comentou muito que o astro Gary Cooper havia sido convidado para atuar no filme, mas pulou fora do barco ao perceber que o roteiro iria dar muito mais espaço para a personagem de Jean Arthur. Ele não queria ficar na sombra dela. Sobrou para William Holden atuar no filme, nesse que foi seu primeiro filme de faroeste. Na época ele era contratado pela Columbia e não podia dizer não. Acabou que se saiu muito bem em cena desse bom faroeste feminista dos anos 1940.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Marcha de Heróis

Título no Brasil: Marcha de Heróis
Título Original: The Horse Soldiers
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Ford
Roteiro: John Lee Mahin, Martin Rackin
Elenco: John Wayne, William Holden, Constance Towers
  
Sinopse:
Durante a guerra civil americana o Coronel John Marlowe (John Wayne) da União recebe uma missão ousada e perigosa. Ele precisará adentrar o território inimigo, indo em direção ao coração do sul rebelde e confederado, para destruir uma importante estação ferroviária chamada Newton, que está sendo usada como uma vital via de reposição de tropas e recursos para os exércitos sulistas. A empreitada, praticamente suicida, acaba colocando frente a frente dois oficiais que não se dão muito bem, o próprio Marlowe e o Major Henry Kendall (William Holden), médico cirurgião do exército. A marcha acaba se revelando uma jornada de superação e heroísmo. Filme indicado ao Directors Guild of America na categoria de Melhor Direção (John Ford).

Comentários:
O mestre John Ford (1894 - 1973) elevou o gênero Western a um novo patamar. Ele recriou a mitologia do velho oeste e consagrou um dos mais importantes fenômenos cinematográficos da história. Os faroestes dirigidos por Ford não se contentavam apenas em contar boas histórias, em excelentes produções, mas também criar toda uma nova mitologia americana, louvando a bravura do homem do oeste. Aqui o foco se dirige em direção à guerra civil, o conflito armado que mais ceifou vidas americanas durante toda a história daquela nação. Wayne interpreta esse velho Coronel, um sujeito durão, formado pelas adversidades da vida. No passado ele viu seu filho morrer por causa de uma imperícia médica e por essa razão acabou criando uma aversão natural por médicos em geral. Ao ter que lidar com o cirurgião Henry Kendall (Holden) durante uma perigosa missão rumo ao sul as coisas realmente começam a sair do controle. O roteiro, muito bem estruturado e dividido em pequenas tramas independentes que vão sendo exploradas ao longo do filme, se revela muito acima da média, investindo bastante nas relações humanas de todos os personagens. 

Isso não se limita ao tenso convívio entre o durão Coronel e o médico cirurgião de sua tropa, mas também em relação a uma dama sulista, Miss Hannah Hunter (Constance Towers), que eles precisam levar a tiracolo depois que ela descobre importantes planos da União. Não demora muito e o Coronel acaba desenvolvendo sentimentos em relação à mocinha, uma velha presença constante na obra de Ford, sempre procurando também trazer um pouco de  romance mesmo em suas tramas essencialmente masculinas e feitas para os homens dos anos 50. Ford também se dá ao luxo de colocar o Coronel interpretado por John Wayne em crise existencial ao perceber que ele no final das contas está destruindo aquilo que construía antes da guerra (já que o velho Coronel Marlowe foi engenheiro ferroviário antes da guerra civil). Em um bar, ouvindo as dinamites explodirem as linhas de trem, o velho oficial finalmente desaba e tem um ataque de nervos, algo incomum para um típico herói de faroestes daquela época. O bom humor também não é deixado de fora pelo roteiro. Os sulistas que surgem geralmente são caipirões indigestos e o conflito iminente entre a cavalaria da União e uma guarnição sulista composta apenas por garotos da escola militar acabam gerando os momentos mais divertidos de todo o filme. O clímax também é ótimo, na travessia da ponte que significa a salvação e a liberdade para aqueles bravos soldados da União. Assim não existe outra qualificação para "The Horse Soldiers", pois é uma obra cinematográfica realmente grandiosa que faz jus a toda genialidade de seu diretor. Um faroeste que jamais poderá faltar em sua coleção. Realmente imprescindível!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

A Fuga do Forte Bravo

Título no Brasil: A Fera do Forte Bravo
Título Original: Escape from Fort Bravo
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Sturges
Roteiro: Frank Fenton, Phillip Rock
Elenco: William Holden, Eleanor Parker, John Forsythe
  
Sinopse:
Por ser localizado em uma região distante e isolada, bem no meio do deserto, o Forte Bravo acaba se transformando em uma guarnição militar que ao mesmo tempo funciona como prisão de soldados confederados durante a Guerra Civil Americana. Cabe ao Capitão Roper (William Holden) a missão de capturar eventuais fugitivos, os caçando pelas areias escaldantes do deserto. Dono de um estilo duro e disciplinador, ele logo passa a ser hostilizado pelos prisioneiros. Para Roper porém essa é a menor de suas preocupações, pois o Forte está localizado em território hostil, rodeado por montanhas cheias de indígenas Mescaleros.

Comentários:
O cineasta John Sturges foi um dos grandes mestres do western americano. Aqui ele novamente entrega uma bela obra cinematográfica que certamente não vai decepcionar os fãs do gênero. O enredo do filme se passa no Forte Bravo, um regimento longínquo do exército americano. Cabia a essa divisão a incumbência de enfrentar as tribos selvagens do local, garantindo segurança e domínio sobre aquelas terras distantes. Como é localizado nos confins do oeste o governo americano logo transforma o lugar em uma prisão para rebeldes confederados. Não tarda e as hostilidades logo crescem entre ianques e sulistas. Eles porém precisam enfrentar um inimigo em comum, os Mescaleros, índios conhecidos por seu estilo guerreiro e selvagem. O roteiro se desenvolve assim em três atos básicos, um dentro do Forte Bravo quando Roper retorna de uma missão de captura, o segundo quando prisioneiros fogem para o deserto e finalmente o terceiro, quando Roper e seus homens são encurralados pelos indígenas. O argumento pretende demonstrar que não havia muito sentido na luta entre soldados da União e da Confederação, porque no final das contas todos eles eram americanos. Os Mescaleros acabam funcionando assim como um fator de união entre eles, pois diante de um inimigo comum o que valia mesmo era a luta pela América, por sua nação.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

O Homem do Colorado

Também conhecido como "No Velho Colorado", esse western conta uma história que se passa nos últimos dias da guerra civil americana, quando um coronel do exército da União chamado Owen Devereaux (Glenn Ford) encurrala um grupo confederado em um vale deserto. Sem saída os sulistas levantam a bandeira branca de rendição, mas o velho coronel os ignora, abrindo fogo com seus canhões, matando todos de forma covarde. Quando a guerra chega ao seu final, ele é honrado como um herói (apesar dos crimes que cometeu no campo de batalha). Logo é escolhido para ser o novo juiz de uma cidade do Colorado e leva seu capitão favorito, Del Stewart (William Holden), para ser o novo xerife. De volta à vida civil porém o coronel começa a apresentar desvios de comportamento, fruto dos traumas sofridos durante a guerra civil. Seu desequilíbrio mental se torna um sério problema quando tenta resolver disputas por terras ricas em ouro na região.

Glenn Ford se notabilizou pelos grandes personagens que interpretou na era de ouro do cinema americano. Em termos de western sua filmografia certamente é rica e importante. Aqui em "O Homem do Colorado" (relembrando que passou anos depois na TV como "No Velho Colorado") ele interpreta um personagem bem diferente, um coronel veterano que começa a enlouquecer aos poucos. De fato dentro da trama ele é o verdadeiro vilão do enredo. O roteiro é muito bem desenvolvido mas também apresenta alguns problemas morais ao meu ver. Há na história um grupo de veteranos que acaba indo para a criminalidade pois depois de dar baixa no exército não encontram mais trabalho e nem tampouco terras para começarem uma nova vida pois perderam o direito de extrair o ouro por terem servido por três anos na guerra. Sem alternativas viram criminosos sociais, roubando, promovendo assaltos e até mortes!

E para surpresa geral o roteiro se torna simpático em relação a esse bando de criminosos, chegando ao ponto de colocar o personagem do xerife ao lado deles! É um argumento complicado de aceitar. Mesmo assim, com esse problema ético, o filme é acima da média. Ford e Holden estão em grande forma e seguram as pontas muito bem, do começo ao fim. De qualquer maneira fica a indicação de "O Homem do Colorado", um faroeste típico dos anos 50, muito bem realizado e movimentado, que certamente vai agradar aos fãs do gênero.

O Homem do Colorado / No Velho Colorado (The Man from Colorado, Estados Unidos, 1948) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Henry Levin / Roteiro: Robert Hardy Andrews, Ben Maddow / Elenco: Glenn Ford, William Holden, Ellen Drew / Sinopse: Veterano da guerra civil, com histórico de crimes de guerra, acaba ganhando uma posição de juiz numa cidade do Colorado, onde começa a apresentar problemas emocionais e mentais no cargo. E isso se torna mais complicado no meio de uma disputa por terras onde se descobre ouro. Filme indicado ao Writers Guild of America na categoria Melhor roteiro de filme de western.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Gloriosa Vingança

Título no Brasil: Gloriosa Vingança
Título Original: Texas
Ano de Produção: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: George Marshall
Roteiro: Horace McCoy, Lewis Meltzer
Elenco: William Holden, Glenn Ford, Claire Trevor, George Bancroft, Edgar Buchanan, Don Beddoe

Sinopse:
Dois homens do leste, Dan Thomas (William Holden) e Tod Ramsey (Glenn Ford), resolvem ir até o velho oeste, no norte do Texas, para tentar a sorte. Eles querem ganhar a vida jogando cartas e ocasionalmente trabalhando como cowboys. Ao chegarem numa pequena cidade percebem que nem tudo será como eles haviam inicialmente planejado.

Comentários:
Em 1941 o diretor George Marshall, cumprindo seu contrato com a Columbia Pictures, resolveu rodar um faroeste mais diferenciado. Com toques de bom humor e contando com uma dupla que nunca havia trabalhado antes, ele conseguiu um bom resultado nesse western de contrastes chamado "Texas". A ideia do roteiro era realmente explorar o choque cultural entre dois cavaleiros que saíam do leste industrializado e desenvolvido para os rincões do solo texano, com seus cowboys durões, bons de briga e muitos tiroteios. Nesse aspecto quem funcionou melhor no filme foi o ator William Holden que era mesmo um tipo bem cosmopolita, da cidade grande. Já Glenn Ford já era muito mais associado ao gênero western, não ficando estranho com roupas de cowboy, atravessando as planícies texanos em cima de seu cavalo. No geral é um bom faroeste, valorizado não apenas pela boa direção de Marshall, um craque nesse tipo de filme, mas também pelo bom roteiro e a presença sempre marcante de Ford e Holden, dois astros populares da época.

Pablo Aluísio.