Mostrando postagens com marcador Joel McCrea. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Joel McCrea. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Suprema Decisão

Título no Brasil: Suprema Decisão
Título Original: The Virginian
Ano de Produção: 1946
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Stuart Gilmore
Roteiro: Frances Goodrich, Albert Hackett
Elenco: Joel McCrea, Barbara Britton, Brian Donlevy, Sonny Tufts

Sinopse:
Molly Wood (Barbara Britton) é uma jovem professora de uma tradicional família de Vermont que vai até uma pequena cidade do oeste para ensinar crianças da região. Lá acaba se apaixonando pelo cowboy conhecido apenas como "o virginiano" (Joel McCrea), um homem honesto e trabalhador que luta contra o roubo de gado nas fazendas locais.

Comentários:
Um western romântico muito bem realizado na década de 1940. Na realidade o filme não pode ser considerado um faroeste tão tradicional já que o foco do roteiro se concentra muitas vezes mais no romance da professorinha com o cowboy do que propriamente nos temas mais clássicos do gênero. Obviamente há uma subtrama envolvendo roubo de gado na região - o que leva o protagonista interpretado por Joel McCrea a tomar uma decisão terrível em relação a um velho amigo que está envolvido no roubo - e como se sabe no velho oeste os ladrões de gado eram sumariamente executados, enforcados na árvore mais próxima. Barbara Britton que interpreta a mocinha era uma jovem linda, que em muitos aspectos me lembrou Marilyn Monroe no começo da carreira, quando ainda não havia pintado seu cabelo de loiro. Sua carreira no cinema nunca decolou, mas ela fez muito sucesso na TV americana nos anos 1960 participando de inúmeras séries. Em suma, para os fãs de Joel McCrea a película se mostrará bem interessante pois aqui ele está em um momento atípico em sua carreira, interpretando um cowboy romântico e dado a namoricos.

Pablo Aluísio.

domingo, 28 de janeiro de 2024

Buffalo Bill

Título no Brasil: Buffalo Bill
Título Original: Buffalo Bill
Ano de Lançamento: 1944
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: William A. Wellman
Roteiro: Eneas MacKenzie, Clements Ripley
Elenco: Joel McCrea, Maureen O'Hara, Anthony Quinn

Sinopse:
A história de William "Buffalo Bill" Cody (Joel McCrea), lendário nome da mitologia do western dos Estados Unidos, desde seus dias como batedor do exército até suas atividades posteriores como proprietário de um show do Velho Oeste.

Comentários:
O melhor filme sobre Buffalo Bill foi feito na década de 1970 com Paul Newman no papel principal. Aquele sim é um filme historicamente correto sobre essa figura do velho oeste norte-americano. Esse filme aqui vai por outro caminho, tornando como fato certas lorotas que o próprio Bill contava sobre si mesmo. O que não quer dizer que seja um filme ruim, nada disso, apenas tem essa perspectiva diferenciada. O elenco é muito bom, mas devo dizer que Joel McCrea não era o ator certo para interpretar Buffalo Bill. Era um ator sério demais para esse papel. O verdadeiro Buffalo Bill era meio bufão, um tipo mais circense mesmo. Melhor se sai o sempre bom Anthony Quinn, com sua presença sempre forte e carismática. Então é isso, deixo o registro desse faroeste B que tentou contar a história de William "Buffalo Bill" Cody, mesmo de uma forma bem romanceada e estigmatizada. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Aliança de Aço

Título no Brasil: Aliança de Aço
Título Original: Union Pacific
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Cecil B. DeMille
Roteiro: Walter DeLeon, Gardner Sullivan
Elenco: Barbara Stanwyck, Joel McCrea, Akim Tamiroff, Robert Preston, Lynne Overman, Brian Donlevy

Sinopse:
O Presidente Lincoln assina a autorização para a construção de uma grande ferrovia cortando todo o território dos Estados Unidos, com parada final na Califórnia. Isso cria uma série de intrigas entre diversas pessoas interessadas nesse novo empreendimento.

Comentários:
Foi um dos últimos trabalhos de Cecil B. DeMille no cinema. Esse diretor e produtor foi sem dúvida um dos mais importantes da história de Hollywood. Ele pensava seus filmes como espetáculos, como eventos. Para ele não havia espaço para o simples, o medíocre. Os filmes tinham que ser grandiosos, com produções milionárias, milhares de figurantes, cenários absurdamente caros, etc. Aqui ele fez da construção da ferrovia Union Pacific um espetáculo cinematográfico. Como tudo que dizia respeito a Cecil B. DeMille esse filme também se caracterizava pelo exagero. Ele trouxe trens de época, redobrou os custos da Paramount para reconstruir aquele dias perdidos no passado. O filme foi indicado na categoria efeitos especiais, mas a verdade é que praticamente tudo o que se vê na tela existia de fato. Já o roteiro tem alguns problemas. Há excesso de personagens, mas isso no final não tira os méritos de DeMille. Aqui ele deixou mais uma vez as marcas de sua conhecida megalomania. É cinema produzido para encher os olhos do espectador.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Uma Nação em Marcha

Título no Brasil: Uma Nação em Marcha
Título Original: Wells Fargo
Ano de Produção: 1937
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Frank Lloyd
Roteiro: Paul Schofield, Gerald Geraghty
Elenco: Joel McCrea, Bob Burns, Frances Dee
  
Sinopse:
Ramsay MacKay (Joel McCrea) é um empregado da empresa Wells Fargo Express cuja principal atividade econômica é levar correspondência e cargas entre as duas costas americanas. Seu trabalho não é tão fácil como parece pois ele precisa vencer longas distâncias, viagens e jornadas penosas, tudo para entregar as encomendas na hora certa, no momento exato. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Som (baseado no sistema sonoro inovador da época, chamado de Paramount SSD).

Comentários:
Faroeste muito antigo que conta uma história que sinceramente falando será pouco atrativo para os dias atuais. O personagem principal interpretado pelo ator Joel McCrea é basicamente um empregado de uma empresa privada que fatura levando encomendas e correspondências entre as costas leste e oeste dos Estados Unidos. Então o McCrea basicamente interpreta um carteiro? Tirando as devidas proporções é justamente isso. Hoje em dia enviar uma mensagem é a coisa mais banal do mundo, está a distância de um click no computador, mas no século XIX era praticamente uma aventura pois as cartas físicas tinham que atravessar grandes distâncias, geralmente passando por regiões hostis. O roteiro porém não se leva completamente à sério, longe disso, há todo um clima bem humorado que vai de ponta a ponta do filme. 

Para suavizar ainda mais Joel McCrea se apaixona por uma donzela, se declarando em galanteios românticos (nem todos muito convincentes). Como ainda era jovem (e tinha uma belo penteado, ou seja, bem antes de ficar careca) até que consegue convencer um pouquinho como galã sentimental, mas no geral nada é muito bem desenvolvido. O filme só se destaca mesmo por alguns aspectos da produção como uma bem detalhada réplica da San Francisco daqueles tempos, um vilarejo ainda, antes da chegada de milhares de imigrantes que iriam mudar a imagem da cidade, a transformando numa das metrópoles mais desenvolvidas da América. Outro fato que ajuda a manter o interesse é o fato de que o enredo explora praticamente toda a vida do protagonista, desde os primeiros tempos até sua velhice. Nesse meio termo explode a guerra civil, ele se casa e depois se separa da esposa (ela supostamente estaria apoiando os sulistas por causa da morte do próprio irmão no campo de batalha) tudo caminhando para o final quando ocorre a grande redenção entre eles. Poderia ser bem melhor, porém os roteiristas só estavam dispostos a ir até um certo limite. Mesmo assim, sendo menos do que poderia ser, ainda é um western que vale a pena ser ao menos conhecido.

Pablo Aluísio.