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segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Sol Vermelho

Dois ladrões de trens, Link Stuart (Charles Bronson) e Gotch 'Gauche' Kink (Alain Delon), lideram um grupo de bandidos formado por mais de 30 pistoleiros que planejam roubar uma pequena fortuna de 400 mil dólares que está sendo levada para a capital dos Estados Unidos. O carregamento conta com a proteção de um pequeno grupamento do exército americano, mas esse se mostra pouco eficiente no combate à ação dos criminosos que logo conseguem parar o trem e se apoderar da preciosa carga. Na mesma locomotiva viajam o embaixador do Japão, que está sendo protegido por dois samurais tradicionais, da velha guarda.

A presença dos criminosos americanos logo se torna perigosa, pois o diplomata japonês carrega um precioso presente do imperador do Japão para o presidente dos EUA, uma espada samurai banhada em ouro. O precioso artefato logo chama a atenção de Gauche (Delon) que nem pensa duas vezes antes de se apoderar do objeto. Após matar um dos samurais. ele pega a espada de ouro para si. Afinal, ele é um ladrão! E como se isso não fosse o bastante resolve também trair seu comparsa Link (Bronson), jogando uma banana de dinamite em sua direção, tudo para ficar com todo o dinheiro e o ouro apenas para si e seus capangas. Agora, para reaver a espada e vingar a morte do samurai, uma estranha e improvável parceria é feita entre Link e o samurai Kuroda Jubie (Toshirô Mifune). Juntos eles partem em busca de Gauche e seu bando pelo oeste afora.

"Sol Vermelho" é uma produção entre França, Espanha e Itália, que novamente em clima de western spaguetti, resolveu transpor para as telas a curiosa fusão entre filmes de faroeste e de artes marciais. A premissa sem dúvida é das mais interessantes pois não é sempre que se vê em pleno velho oeste um samurai devidamente trajado, usando sua tradicional espada e seu código de honra no meio de um bando de pistoleiros e cowboys americanos.

O cineasta inglês Terence Young rodou os três primeiros filmes da franquia de James Bond e talvez por essa razão, tenha aqui em "Sol Vermelho", priorizado as cenas de ação e combate. Um roteiro que colocasse em cena um pistoleiro americano e um samurai japonês poderia render bem mais se a direção aproveitasse a inusitada situação para explorar as diferenças culturais entre eles, mas essa não pareceu ser em nenhum momento a intenção do diretor, que realmente focou sua atenção nas cenas de tiroteios e lutas corporais. No final, o que temos aqui, é um filme eficiente, bem movimentado mas também muito convencional, bem ao estilo do cinema mais comercial da época. De uma forma ou outra não há como não recomendar a produção principalmente pela presença do ótimo elenco, que repito, poderia ter sido melhor aproveitado, mas que mesmo assim não decepciona completamente.

Sol Vermelho (Red Sun, Soleil Rouge, França, Itália, Espanha, 1971) Direção: Terence Young / Roteiro: Laird Koenig, Denne Bart Petitclerc / Elenco: Charles Bronson, Toshirô Mifune, Alain Delon, Ursula Andress, Guido Lollobrigida / Sinopse: Após um assalto a um trem, um dupla formada por um pistoleiro americano (Bronson) e um samurai japonês (Mifune) sai em busca do criminoso (Delon) responsável pelo roubo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Os Quatro Heróis do Texas

Joe Jarrett (Dean Martin) rouba 100 mil dólares de Zach Thomas (Frank Sinatra) e com o dinheiro investe em um grande barco cassino, uma embarcação que era muito comum no século XIX nos grandes rios do sul dos EUA. "Os Quatro Heróis do Texas" é uma produção muito fraca estrelada pelos dois maiores nomes do chamado Rat Pack, Sinatra e Martin. Eles já estiveram bem melhores antes mas aqui não convencem, não fazem rir e nem divertem. O filme tem um timing de comédia pastelão que nunca encontra o tom certo. As piadas são fracas e as situações não agradam. Sinatra está particularmente antipático em um papel sem qualquer empatia. Martin está um pouco melhor mas seu personagem também não ajuda muito. O título nacional mais uma vez se mostra equivocado pois não há nenhum herói na estória. Os tais quatro citados são Sinatra, Martin e as atrizes beldades Ursula Andress e Anita Ekberg. Essa última já havia contracenado com Dean Martin numa comédia ao lado de Jerry Lewis chamada "Ou Vai Ou Racha". Aqui ela repete o mesmo papel de mulher deslumbrante, só que servindo de par romântico para o apático Sinatra. Já a Bond Girl Ursula Andress não mostra a que veio em um personagem de nome masculino (Max) que pouco acrescenta no resultado final.

O que mais me deixou surpreso aqui é que o filme não foi dirigido por um diretor medíocre mas sim pelo excelente cineasta Robert Aldrich de tantos títulos marcantes em seu filmografia. Ele não só dirigiu a fita como a produziu. O que deu errado dessa vez? Acredito que o problema central de "Os Quatro Heróis do Texas" seja seu roteiro tolo e abobado que não consegue convencer nem como western e nem como comédia. Nem a participação especial dos Três Patetas consegue levantar a bola do humor do filme. Tudo é muito frouxo e sem graça. As piadas não funcionam e definitivamente Sinatra não tinha talento para esse tipo de filme. Em suma, um grande desperdício no final das contas. "Os Quatros Heróis do Texas" pode ser resumido como um filme ruim que foi dirigido por um excelente diretor e com um bom elenco. Pena que deu tudo errado.

Os Quatro Heróis do Texas (4 For Texas, EUA, 1963) Direção: Robert Aldrich / Roteiro: Teddy Sherman, Robert Aldrich / Elenco: Frank Sinatra, Dean Martin, Ursula Andress, Anita Ekberg, Charles Bronson / Sinopse: Joe Jarrett (Dean Martin) rouba 100 mil dólares de Zach Thomas (Frank Sinatra) e com o dinheiro investe em um grande barco cassino, uma embarcação que era muito comum no século XIX nos grandes rios do sul dos EUA.

Pablo Aluísio.